quinta-feira, 31 de março de 2011

Registro de História

          Todos os meios usados para o desenvolvimento da  escrita contribuíram de alguma forma para o papel ter chegado ao que é hoje. A pedra, madeira, barro cozido e até mesmo ossos de animais.
         No entanto, é indispensável destacar os que mais colaboraram para essa evolução: o papiro, o pergaminho e principalmente o papel, em suas formas primitivas.
        Foram os egípcios que começaram a fazer uso do papiro. Feito a partir de uma planta, passou a circular não somente no Egito, mas também em diversas regiões da Ásia e da Europa.
         Já o pergaminho - que era fabricado geralmente com pele de carneiro curtida e polida-, se tornou comum depois que os faraós do Egito proibiram à venda de papiro a região de Pérgamo para defender o domínio de sua biblioteca, que era a principal instituição cultural da época. Êumenes, rei de Pérgamo, aprimorou tanto a fabricação de pergaminho, que o reino passou a ser denominando Pergamus (do latim, pergaminho). É interessante lembrar, que Êumenes não criou o pergaminho, que fora encontrado antes, na Pérsia; mas foi importante para o aprimoramento da técnica que preparava o couro para a escrita.
          Para surgimento do papel o que se pode afirmar é que ocorreu na China. No princípio da criação, papel e tecido foram usados para mesmas finalidades, na China inclusive, mesmo depois da criação do papel, o tecido era usado como forma de escrita. Porém o processo de fabricação de ambos é muito diferente; uma vez que o papel é feito a partir da extração das fibras de celulose.
         Com a derrota dos chineses para os árabes em uma batalha às margens do rio Tharaz, criou-se a fábrica de papel Samarcanda, e os árabes aprenderam a desenvolver o papel também, fazendo com que ele se espalhasse no território islâmico e no norte da África.
         Na Europa, porém, a situação era outra, o pergaminho era caro, e muitas vezes, raspavam o conteúdo de pergaminhos já utilizados para escrever novas informações, fazendo com que as anteriores fossem perdidas. O papel demorou cerca de um milênio e meio, após sua criação, para chegar a Europa.
Depois de ser lançado no continente europeu, entretanto, não foi aceito de início; primeiro alegaram que seu material não era resistente; mas o principal motivo talvez fosse as origens do papel, que tinha raízes judaicas e árabes, inimigas da Europa, que na época era completamente cristã.
         O papel só foi popularizado depois que se tornou mais barato, o que fez com que todos os obstáculos gerados anteriormente fossem quebrados.
Quando conhecemos todo o esforço feito para, nos dias de hoje, podermos desfrutar, facilmente do papel, que mesmo que menos usado (porque já se encontram outros recursos para a escrita) ainda é uma maneira de registrar conhecimento e propagar sabedoria.
 O que seria da nossa existência se não tivéssemos a chance de registrá-la? 


        

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